Quedas
DESFECHO: Quedas |
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TÍTULO DO ARTIGO: Incidência e fatores preditivos de quedas em idosos na comunidade: um estudo longitudinal |
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Objetivos |
Estimar a incidência de quedas e determinar fatores preditivos. Realizou-se cálculo amostral de acordo com a quantidade de setores censitários de Uberaba-MG.
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Justificativa |
Ainda existem poucos estudos disponíveis na população idosa brasileira sobre esta temática. Os inquéritos nacionais disponíveis foram realizados com populações específicas, como idosos hospitalizados e com delineamento transversal. O artigo buscou compreender com clareza os fatores preditivos de quedas em idosos considerando circunstâncias multifatoriais. |
Metodologia |
Inquérito domiciliar (ID) quantitativo, observacional e com delineamento longitudinal, conduzido com idosos residentes na área urbana em Uberaba-MG. A coleta de dados da linha de base ocorreu no período de janeiro a abril de 2014, e o seguimento, de abril a julho de 2016. Realizou-se cálculo amostral de acordo com a quantidade de setores censitários de Uberaba-MG. A avaliação foi conduzida com 345 idosos. Utilizou-se os seguintes instrumentos: Escalas de Katz e Lawton e Brody; Short Physical Performance Battery (SPPB) e Falls Efficacy Scale-International (FES-I) Brasil além de coleta de dados socioeconômicos e a ocorrência de quedas.
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Resultados |
Os resultados chamam atenção para o período de acompanhamento de dois anos, 20% dos idosos apresentaram quedas recorrentes. Os resultados indicaram que o aumento em uma unidade do SPPB diminui a chance de quedas e quedas recorrentes em aproximadamente 15% e 17%, respectivamente. Para a FES-I Brasil, o maior escore foi associado à maior ocorrência de quedas recorrentes. |
Conclusão |
Os dados permitem concluir que a incidência de quedas correspondeu a 37,1% e que o melhor desempenho físico de membros inferiores está associado à menor probabilidade de quedas e quedas recorrentes entre idosos. Além disso, o medo de cair está associado à maior ocorrência de quedas recorrentes. |
Considerações a respeito da associação com os objetivos do projeto DGeroBrasil |
O estudo em questão se justifica com os achados e traz em sua discussão a preocupação e necessidade de articulação entre as equipes multiprofissionais de saúde (intersetorialidade) em todos os níveis de atenção, com intuito de detectar os idosos com potenciais riscos de quedas e com histórico prévio. A detecção de quedas é um aspecto funcional que pode ser rastreado por meio de ferramentas para identificação de situações de riscos e minimizar sua ocorrência, o uso e aplicação da Avaliação Multidimensional do Idoso e CSPI na APS são ferramentas disponíveis aos profissionais de atenção que podem avaliar esse evento. |
Referência do artigo |
Souza, A. Q. D., Pegorari, M. S., Nascimento, J. S., Oliveira, P. B. D., & Tavares, D. M. D. S. (2019). Incidência e fatores preditivos de quedas em idosos na comunidade: um estudo longitudinal. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 3507-3516. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.30512017 |
DESFECHO: Quedas |
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TÍTULO DO ARTIGO: Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas: ELSI-Brasil |
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Objetivos |
Determinar a prevalência e os fatores associados a quedas em amostra nacional representativa da população idosa residente em áreas urbanas. |
Justificativa |
O artigo elucida uma revisão na Introdução abordando aspectos de prevalência e repercussão das quedas no Sistema Público de Saúde. |
Metodologia |
Foram utilizados dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzida entre 2015 e 2016. A amostra foi delineada para representar a população brasileira não institucionalizada com 50 anos ou mais de idade. Trata-se de amostra complexa, baseada em diferentes estágios de seleção, incluindo município, setor censitário e domicílio. A pesquisa foi conduzida em 70 municípios situados nas diferentes regiões do país. A linha de base do estudo foi constituída por todos os residentes nos domicílios amostrados, na faixa etária mencionada. A variável dependente para a informação de ocorrência de quedas foi o questionamento de quedas nos últimos 12 meses. As variáveis independentes do estudo foram: características sociodemográficas, fatores relacionados ao ambiente urbano (medo de cair por defeitos nos passeios; medo de atravessar a rua e percepção da segurança da vizinhança com relação à violência) e condições de saúde (hipertensão arterial, diabetes, artrite ou reumatismo e depressão, diagnosticados por um médico). |
Resultados |
A ocorrência de pelo menos uma queda nos últimos 12 meses esteve presente em 25,1% dos participantes, observou-se que observa-se que as quedas se mantiveram significativamente associadas com o sexo feminino, faixa etária igual ou superior a 75 anos, medo de cair devido a defeitos nos passeios, medo de atravessar a rua, diabetes, artrite ou reumatismo e depressão. |
Conclusão |
Os resultados mostram elevada prevalência de quedas entre idosos residentes em áreas urbanas. Aplicando a prevalência de 25% ao número absoluto da população idosa residente em áreas urbanas no Brasil (25 milhões). |
Considerações a respeito da associação com os objetivos do projeto DGeroBrasil |
A relevância do estudo e sua relação ao Projeto DGeroBrasil está em sua grande base populacional e a inclusão de aspectos ambientais relacionados a quedas, aspectos esses que são avaliados e rastreados por meio de ferramentas disponíveis junto a APS para monitoramento, avaliação e plano de cuidado. |
Referência do artigo |
Pimentel, W. R. T., Pagotto, V., Stopa, S. R., Hoffmann, M. C. C. L., Andrade, F. B. D., Souza Junior, P. R. B. D., ... & Menezes, R. L. D. (2018). Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas: ELSI-Brasil. Revista de Saúde Pública, 52. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000635 |